quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Relato do meu parto (VBAC)

Oi, todo mundo!

Há um tempo atrás fiz um pequeno relato sobre o meu primeiro parto (clique para ler)  e hoje queria falar sobre o meu renascimento como mãe e como mulher, já que finalmente consegui ter o meu tão sonhado VBAC! Mas, pra início de conversa, preciso explicar o que é um VBAC: Vaginal Birth After Cesarean (parto vaginal após uma cesárea). Achei esse link aqui que dá uma explicação bem a meu modo, do jeitinho que acho que devem ser os VBAC's.
Minha doula, Ana Paula, me massageando e meu marido aguentando firme! Foto feita pelo meu obstetra-fotógrafo que, enquanto eu fazia a minha parte, ele me assistia como deve ser. Como era no princípio!! 
Eram 5:30 da madruga do dia 26/10/15, estava com 38 semanas e 3 dias de gestação, quando minha bolsa rompeu parcialmente. Como isso já havia acontecido na minha primeira gestação e o rompimento foi total, sabia que com aquela quantidade de líquido que saía eu poderia ficar tranquila, pois era bem pouco comparado à primeira vez. Tentei me manter calma, mas é difícil quando você sabe que o momento do nascimento da cria se aproxima. Avisei ao meu marido e dormi de novo até às 7h, quando meu filho mais velho acordou e veio pra minha cama e meu marido começou a se arrumar para ir ao trabalho já que eu não sentia dor alguma e já tinha entrado em contato com minha doula, Ana Paula Diaz Spina, e também com meu obstetra, Dr. Frederico Bravim Vitorino.

Um pouco depois percebi que a coloração do líquido amniótico estava um pouco alterada, deveria estar incolor, mas estava amarelado. Suspeitando que fosse mecônio, comuniquei à Ana que logo em seguida entrou em contato com meu obstetra e a orientação era para que eu fosse até o hospital ser avaliada pelo Dr. Frederico que estava de plantão no Apart Hospital. Chegando lá às 9h, na companhia da minha mãe, comecei a ter cólicas leves, de 2 em 2 minutos, mas não tinha dilatação e o colo estava grosso, ou seja, nada ia acontecer naquelas horas. Assim, o combinado com meu médico era que eu voltaria pro hospital caso as dores começassem e se intensificassem, senão, esperaria até as 18h pra retornar e avaliar o que seria feito. E foi o que aconteceu.

Almocei, dormi, caminhei, agachei, rebolei...e nada. Na avaliação do meu médico, a solução seria uma indução com ocitocina, pois já estava com a bolsa rota há umas 13h. Minha doula sugeriu, já sabendo que eu não gostaria de usar hormônio sintético nem medicamentos, que tentássemos essa indução com acupuntura e homeopatia. Foi o que eu fiz!!!! Melhor decisão que pude tomar! Me internei e liguei pra minha acupunturista, Ana Luíza Brandão (que me acompanhou desde antes de eu engravidar, todas as semanas) que me atendeu prontamente. Quando o Dr. Frederico chegou no quarto eu estava lá, cheia de agulhas pelo corpo e fios ligados nelas (tá aí mais um tema pra post, hein!!), logo depois, quando a acupuntura acabou, chegou a Ana Paula com as bolinhas homeopáticas, a tal da Pulsatilla, que logo comecei a tomar...

Durante a acupuntura as contrações começaram, mas dentro de mais ou menos 1 hora as tão sonhadas contrações dolorosas, as do trabalho de parto mesmo, tiveram início, e de 2 em 2 minutos!!! Tudo começou rápido demais, fiquei até meio atordoada achando que era exagero meu. Comecei, sem perceber, a vocalizar...ou melhor, a gritar. Era um grito que saía das entranhas, sem fazer força, ele vinha sem que eu percebesse, sem que eu pudesse controlar, era algo animalesco, meio primitivo e acompanhava o ritmo das contrações. A dor era muito intensa e o tempo de descanso muito curtinho, achei que não fosse aguentar. Meu marido como apoio (literalmente) durante as contrações e minha doula me lembrando o tempo todo que eu queria muito aquilo, que eu havia lutado por aquele momento, não me deixaram desistir. 

Havia apenas 1 hora e meia ou 2 horas que eu estava em TP, não consigo precisar o tempo muito bem, a contagem de tempo pra uma mulher parindo é muito confusa. Fui pro chuveiro quando meu médico fez o segundo e último toque de toda minha gestação: já estava com 7 centímetros de dilatação! Nem ele acreditou! "Vamos parir, Lorena!!" ele dizia muito surpreso com a velocidade em que tudo estava acontecendo. Fomos rápido pra sala de parto humanizado. 

Lá foi necessário administrar antibiótico devido o tempo de bolsa rota e, pra isso, precisei me deitar para a enfermeira preparar minha veia...foi o momento mais doloroso de todos! Fiquei pensando nas mulheres que são obrigadas a parir em posição de litotomia (deitadas). Logo me levantei e voltei pro chuveiro onde fiquei por mais alguns poucos minutos.

Senti uma necessidade gigante de ficar de pé. Me pendurei no meu marido e assim fiquei com minha doula massageando minha lombar e meu quadril pra aliviar as dores e chamando pelo meu filho: "Vem, Rafa!" Nesse momento podia sentir o bebê descendo para o meu quadril e minhas articulações se abrindo cada vez mais. Ele estava chegando! Quando comecei a sentir vontade de fazer força, me sentei no banco de parto, na posição de cócoras, com o apoio do meu marido, e ali fiquei por alguns minutos...até que minha doula pegou um espelhinho e me mostrou que o Rafa já tinha coroado!! 

As dores, repentinamente, cessaram e comecei a sentir o "círculo de fogo", uma queimação na vagina. Ali tive certeza que era só fazer uma forcinha e teria o Rafa nos meus braços, e foi o que fiz! Pronto! Quando dei por mim, Dr. Frederico já havia amparado o Rafa e já o entregava pra mim e tudo aconteceu em apenas 3 horas e meia! Havia saído do nada e chegado aos 10 centímetros em apenas 3 horas!!

Com minha preciosidade no colo, cantei pra acalmá-lo, nem acreditava que aquilo estava acontecendo! Era comigo! Era meu parto! Era eu reescrevendo a minha história, resignificando o nascimento do meu primeiro filho! Eu fiquei entorpecida, anestesiada, naquele momento éramos só eu e meu bebéio no mundo, uma felicidade e satisfação sem tamanho! Não fiquei o tempo que queria com o Rafinha no colo, pois tive uma laceração que precisou ser suturada e uma hemorragia, mas tudo aconteceu como tinha que ser, " do meu tamanho" como disse minha doula.

Se senti dor? Muita, a maior dor da vida! Se eu faria tudo de novo? Com certeza!!! Quantas vezes fosse necessário! Parir é sentir a dor da vida, a dor que trará um bem maior, um filho! É tão difícil definir com palavras essa sensação...só posso dizer que sinto saudade de cada minuto dessas 3 horas, de cada contração!

Preciso agradecer à equipe que escolhi para realizar esse sonho: à minha doula Ana Paula que foi um porto seguro nos momentos de fragilidade e fonte de muito conhecimento; meu obstetra Frederico pelas consultas super esclarecedoras, pela disponibilidade sempre e por respeitar o desejo das mulheres de serem protagonistas de seus partos; minha acupunturista Ana Luíza que cuidou de mim durante toda a gestação e foi maravilhosa indo até mim quando mais necessitei. Preciso lhes dizer que tudo só foi possível porque vocês estavam comigo! Gratidão eterna! Equipe certa é tudo!!!

Ao meu marido Gustavo, companheiro há 11 anos, obrigada por embarcar comigo nesse sonho e entender que eu precisava muito passar por esse processo e por vivenciá-lo intensamente comigo. 

Me desculpem o textão, mas até acho que esqueci de escrever um tantão de coisas... Poderia passar dias escrevendo e relembrando meu parto.

Monte de beijos!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Doula: A mulher que serve outra mulher

Oi!

Uns posts atrás disse que havia voltado pro blog ainda mais ativista e, uma das causas das quais tenho me empenhado em defender é o direito da mulher em ter um parto digno, humanizado, respeitando o protagonismo feminino nesse momento tão nosso, tão especial, então resolvi escrever alguns posts falando sobre esse assunto, já que as pessoas (homens e mulheres) ainda tem tantas dúvidas.

Eu tive uma DOULA nessa segunda gestação e foi a decisão mais acertada que tomei. Para vocês saberem, tive um parto natural, humanizado, hospitalar. Estou terminando de escrever o relato do meu parto e lá vocês entenderão o por que. Mas, para adiantar e esclarecer como é o trabalho dessa profissional, pedi para que a minha SUPER DOULA, Ana Paula Diaz Spina, escrevesse um texto pra nós. 

Leiam porque vale a pena!!


Doula: A mulher que serve outra mulher durante a Gestação, o Parto e o Puerpério. (Por Ana Paula Diaz Spina)

"Se pedirmos às nossas avós e/ou bisavós que nos contem a história de seus partos, certamente ouviremos que o nascimento de seus filhos aconteceram em casa, com a ajuda de parteiras. E se perguntarmos à elas quem, além da parteira, estava na cena do parto, não é incomum perceber a presença de uma irmã mais experiente, da comadre, de uma vizinha próxima, de uma tia muito querida. Essas outras mulheres, rodeavam a gestante em trabalho de parto, oferecendo apoio e conforto. Alimentavam aquela mulher. Ferviam a água que seria usada pela parteira. Ajudavam a cuidar dos filhos mais velhos. Décadas atrás, o parto era considerado um evento familiar e extremamente feminino. Aquelas mulheres se sentiam seguras e protegidas por outras mulheres que já tinham vivido a experiência do parto e da maternidade e se sentiam seguras porque sabiam que podiam contar com elas.

Se por um lado as chamadas parteiras tradicionais entendiam o parto como um processo absolutamente fisiológico, por outro lado, elas também não tinham formação acadêmica e não sabiam intervir em uma situação em que houvesse risco de morte para a mulher e/ou para o bebê. Mulheres que tinham partos que evoluíam fisiologicamente, pariam sem complicações. Mulheres e bebês que apresentavam alguma complicação durante o trabalho de parto, infelizmente ficavam entregues à própria sorte.

Com o tempo, a informação e a tecnologia fizeram com que o parto se tornasse um evento assistido por médicos e o ambiente domiciliar foi substituído pelo ambiente hospitalar. A cesariana passou a ser uma alternativa segura para esse pequeno número de mulheres e de bebês que precisavam de intervenção cirúrgica para o parto e o nascimento. Mas a tecnologia, que deveria ser usada apenas em casos extremos, contribuiu para a medicalização do parto. Surgem elementos, que antes eram estranhos na cena do parto. A maca para partos em posições litotômicas (deitada), fórceps, a ocitocina sintética, a analgesia, manobras, a episiotomia (o corte que é feito na vagina para ampliar o canal vaginal), o jejum. Muitas pessoas desconhecidas.
Desaparecem as parteiras, a liberdade de movimentos, a autonomia, a fisiologia. E também a presença daquelas mulheres que ofereciam segurança e suporte físico e emocional.

A Doula nasce da necessidade de resgatar o passado num presente tecnocrático. Da crença de que o parto, ainda que ele aconteça no ambiente hospitalar, pode ser uma experiência cercada de afeto, de compreensão das necessidades de cada mulher, que ao viver a gestação e ao parir se sente vulnerável pelo atual Sistema, no caso do Brasil, campeão em cesarianas eletivas (cirurgias desnecessárias, agendadas por conveniência médica, na maioria das vezes).

Doulas não substituem obstetra, a enfermeira obstetra ou a obstetriz. Cada personagem tem um papel muito bem delimitado na cena do parto. Nos dias de hoje, as doulas são profissionais treinadas para oferecer suporte contínuo à mulher durante a Gestação, o Parto e o Puerpério.
O papel da Doula durante a gestação é ouvir os desejos de parto de cada mulher para que, informada, aquela família consiga fazer suas escolhas com autonomia. Sem medos.

Durante o trabalho de parto a Doula vai buscar soluções para as necessidades de cada mulher. Medidas de conforto. Medidas não farmacológicas para alívio da dor, como massagens e banhos quentes. Incentivo. Posições que podem ser favoráveis para o parto e confortáveis. A Doula também ajuda o acompanhante (que na maioria dos casos é o companheiro) a entender o processo e o ajuda para que ele também possa ajudar a sua companheira.

No pós-parto, a Doula vai acolher a mulher no puerpério para que ela consiga elaborar sozinha a sua experiência de parto e lidar com todas as transformações de uma mulher que abandona o seu papel de filha e nasce mãe, junto com aquele bebê. A Doula pós-parto também tem um papel importante no que diz respeito ao incentivo à amamentação, um processo que pode ser muito difícil sob vários aspectos para a maioria das mulheres.
 
Em 1993, após estudos que comprovaram todos os benefícios da presença da doula no cenário do parto, o pediatra americano John Kennel afirmou: "Se doula fosse remédio, seria antiético não receitar". 
Pessoalmente, acredito que toda a mulher seja capaz de viver uma experiência positiva de parto, independente de ter ou de não ter uma Doula ao seu lado, mas hoje, mais do que nunca, penso que se faz necessário que as equipes diretamente ligadas a Assistência ao parto entendam e acolham os desejos das mulheres que desejam ter uma Doula.

Oferecer autonomia à mulher significa caminhar rumo a uma assistência verdadeiramente humanizada, em que a mulher se sinta protagonista e autora de sua própria história."


Nessa foto estamos eu parindo, meu marido me apoiando e minha doula massageando minhas costas e quadril.
Monte de beijos!

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Sororidade

Ahhhhhhh...a SORORIDADE!!! 
Você sabe o que sororidade significa, moça? Não???? Então leia logo esse texto que encontrei no site Capitolina! Tá esperando o quê pra mudar seus conceitos?


Competição Feminina (Bia Quadros)

"Este texto é um apelo. Lembrando sempre que a culpa não é nossa, e sim de uma sociedade inteira que nos diz desde sempre o que fazer e como agir.
Quando me descobri feminista conheci a palavra sororidade. O significado dela, segundo o site dicionário informal, é “o pacto entre as mulheres que são reconhecidas irmãs, sendo uma dimensão ética, política e prática do feminismo contemporâneo.”Ou seja, é necessário ter empatia com todas as mulheres, não importando se eu as conheço ou não. Não amor, mas sim ajudar, estar junto. E o mais importante de tudo: entender que a sociedade inteira cria todas as mulheres a serem competidoras entre si, não irmãs.
As falas“muita mulher junta dá fofoca”e“mulher não é amiga de mulher”mostram bem este tipo de pensamento entranhado entre a gente desde sempre. Ter amigo homem, na minha adolescência, era uma espécie de troféu, já que mulher é bicho ruim, não dá para confiar. Sempre desconfiamos das outras, querendo ser melhores e competindo — sim, porque isso é uma batalha com quem deveríamos nos unir.
Mesmo feminista, ainda caio na besteira de olhar a nova mina de um ex e pensar “eu sou mais bonita do que ela, hein?”. Há uma música que gosto muito dos anos 00 que se chama “Don’t Cha”, das Pussycat Dolls. No refrão, Nicole (a vocalista) canta “Você não queria que sua namorada fosse gostosa como eu? Você não queria que sua namorada fosse maluca como eu?”. A comparação com a outra tem esse fundo, uma espécie de autoestima disfarçada de insegurança. Queremos sempre ser melhores do que as outras, mas a troco de quê?
Não é apenas em relação a homem. É amizade, no emprego, família. Estamos sempre competindo. Sempre gritando uma para as outras, sempre nos chamando de putas e piranhas. Sempre nos colocando a culpa se tem um emprego melhor, ganhando mais, tendo um namorado bonito. Sempre prontas a falar mal apenas por falar mal.
Eu venho aqui para dizer a todas que não devemos competir, devemos nos unir. Sim. Se a menina é boa aluna, caraca, que bom, parabéns! Isso não significa que você não seja. Se seu ex arrumou uma namorada que para ti não é tão bonita, tudo bem, isso não faz com que ela seja uma má pessoa. Se a sua amiga está ganhando destaque com o que está fazendo, cara, que ótimo! Ela merece isso mesmo!
Tem espaço neste mundo para ela, para você e para todas as minas, Unidas somos mais fortes. Se tiver uma miga que diz que sofre tal coisa, compreenda e abrace. Se ela disser alguma besteira, repreenda, ensine. Saiba por que esta mina te causa isso, entenda sua segurança. Precisamos ter sim sororidade com as outras. Isso inclui mãe, avó, a caixa de supermercado, sua melhor amiga. Ter paciência, não competir. Abraçar e ajudar. É algo difícil, eu sei bem. Mas é uma lição que precisamos aprender em 2016."


domingo, 17 de janeiro de 2016

Blogterapia: as marcas de um recomeço.

Olá!

Pra manter o hábito, volto com uma Blogterapia. Já que passamos 1 ano sem conversar, o que não me falta é assunto. Tem minha nova condição de empresária, minha 2ª gestação, a descoberta de uma Lorena ativista, meu VBAC (lindo!!!), o nascimento do meu segundo filhote...nossa, é assunto pra mais de metro!

Hoje, andando de bicicleta (coisa que não faço há uns 15 anos ou mais, salvo bicicletas de spinning), tomei um tombo e esse tombo, praticamente, resume o que será meu ano de 2016. Não, ele não será trágico, pelo contrário, será cheio de desafios, significados e, principalmente, de marcas assim como foi o ano passado. 2015 foi o ano do meu reencontro com a mulher que me habita, com o nascimento do Rafael e da mãe do Rafael (que já era mãe do Arthur), com a empresária que teve que emergir das minhas entranhas. Foi o ano de enfrentar uma "crise" econômica (se é que essa crise realmente existe ou é algo criado para manipular o povo...não vou entrar nesse mérito, OK) que fez com que as coisas não caminhassem como o esperado e o investimento foi grande, logo, a balança ficou negativa. Foram tantas as mudanças que tive de começar 2016 repensando a vida e fazendo alguns ajustes.

Por qual motivo relacionei o tombo com o ano que se inicia? Esse será o ano do "levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima". 2015 foi uma loucura e terminei o ano cansada, apesar de feliz. Daí, já comecei 2016 com 2 filhos e um deles tendo crises de ciúme, não tão grandes quanto imaginava que teria, mas tendo e a coisa vem piorando, assim, é o momento de me reconstruir como mãe! Quanto à crise econômica, "o seguro morreu de velho", já dizia o ditado. Estamos numa reorganização financeira em casa: enxuga daqui, diminui dali, abre mão de supérfluos que, até uns dias atrás, não eram considerados supérfluos...e aí, literalmente, entra a bicicleta. Troquei meu carro pela magrela para saldar pendências, reduzir gastos e guardar alguma grana para uma eventualidade, afinal, eu e meu marido trabalhamos em setores que vem sofrendo desde o último ano. 

Esse lance de ficar a pé me deixou um tanto atordoada, pois, há 15 anos não sei o que é uma vida sem carro. Difícil desapegar...difícil se readaptar...mas sempre possível. Estou iniciando esse processo de adaptação à uma nova vida mais simples, que acredito que me fará mais feliz, já que sempre achei que não precisamos de muita coisa para alcançarmos a felicidade, carro menos ainda, lá no fundinho do meu coração sempre tive a vontade de tomar essa atitude, mas sempre tive medo. Além disso, tem o estúdio que cresceu e preciso trabalhar mais, mesmo tendo 2 filhos pra criar (isso é tema pra um post inteiro, concordam? Trabalhar como se não tivesse filhos e criar filhos como se não trabalhasse fora?). Como faz isso? Ainda não sei, mas não posso perder tempo, é hora de aprender!

No fim do ano passado sofri um pouco com todas essas mudanças que estavam por vir, tive medo, avaliei muito os prós e contras de cada atitude que estou tomando (estamos, eu e meu marido), parei um pouco de pensar passionalmente para analisar cada ponto racionalmente e essa tem sido a parte mais difícil, os "e se..." pesam tanto que você acaba se deixando levar pela emoção e não pela razão e mantendo os maus hábitos, os maus gastos.

Voltando pro tombo, hoje busquei a magrela que minha mãe me emprestou, já que ela não está usando e resolvi ver se ainda sabia andar. Dizem que algumas coisas são como andar de bicicleta, a gente nunca esquece, né... Sei não!!! Na minha primeira tentativa me estabaquei no chão e vejam o resultado:


Mas e daí? Sabe o que eu fiz? Subi na bichinha de novo e recomecei a pedalar! A marca do tombo ficou, mas eu sou brasileira e não desisto nunca! Não caio mais! Assim como nesse ano: as coisas estão diferentes e um pouco mais complicadas...e daí!! Reinvento minha vida e 'volto a pedalar'!

Monte de beijos!  



Ressurgindo das cinzas em 3, 2...

Eu estou voltando ainda mais mãe, mais mulher, mais feminista, mais ativista, mais atarefada e mais animada pra conversar com vocês!
Vejam a novidade aí:
Agora sou mãe de 2 meninos!!!

Já já estou de volta e conto tudo o que aconteceu nesse último ano: descobertas, realizações, o surgimento de uma nova Lorena.

Aguardem!

Monte de beijos!

O quê é COACHING?

Olá!! Vocês já devem ter percebido que tenho falado um pouco (ou muito) sobre COACHING, COACH... Pois então, se você não sabe do que se tr...