quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Dançar é viver!

Boa noite!

Ontem escrevi aquele post falando sobre o momento que estou passando e quero agradecer a todas as mensagens que recebi aqui no blog, no Facebook, pelo whatsapp (dos amigos próximos) e ao vivo também. Recebi muito carinho de muita gente e isso me fez muito feliz. Não quero inspirar pessoas, quero apenas que saibam que sou humana, mortal, que sofre, que tem virtudes e defeitos, e que quando se sente forte consegue falar abertamente das suas próprias mazelas.
 
O quê fiz ontem foi terapêutico, a sensação foi de tirar um caminhão das minhas costas, pois escondia essa situação das pessoas como se fosse vergonhoso passar por tudo aquilo. Mas vou confessar que botei o dedo na feridinha de novo e fiquei bem sensível. Fiquei meio atordoada e me esqueci da hora do ensaio para o espetáculo de hoje, esqueci que havia combinado de repor uma aula de uma aluna, mas as coisas não acontecem por acaso.
 
Cheguei correndo no ensaio, muito nervosa, chorando, pedindo milhões de desculpas e as meninas (minhas companheiras da companhia) perceberam minha situação e me deram muito carinho, assim como minha coreógrafa/maestra que me conhece muito bem e sabe quando as coisas estão ou não bem. Depois disso, chegou minha aluna e companheira de aula de flamenco, que se tornou uma amigona e chorei muito no colo dela...precisava disso, precisava desse carinhozinho, desse aconchego (obrigada, Anginha!!! Você é um anjo mesmo!). Enfim, melhorei e fui hoje pro teatro assim:
 
Dia de espetáculo é sempre uma correria. Arrumar bolsa com os figurinos e sapatos, preparar a necessaire com toda maquiagem, arrumar bolsa do filho para passar o dia com a avó (já que passamos, em média, de 5 a 6 horas no teatro), fora a cabeça que não para de pensar nas coreografias. É sempre muita loucura! Mas uma loucura boa, que dá prazer, não sei explicar. É um friozinho na barriga que começa assim quando acordo no dia D.
 
Chegar ao teatro, encontrar as meninas e iniciar os ensaios é sempre uma diversão. Dá uma olhada nessas fotos:



 
 

Rolam sempre as fotos malucas no camarim, danças doidas que só nós fazemos, piadinhas flamencas e traduções das músicas que sempre inventamos ("sô mar manero que tu", "camelo no sol não tem picoooo", "porque não tem cabelo"...coisas que só nós entendemos!! Kkkkkkk), fora a maluca que faz um plano de acesso e cola na parede do camarim porque se perde nas suas entradas no palco (só você, Luciana! Por essas e outras que você é "bulinada"! Kkkkkkk). Além disso, bate a emoção de estar no palco ensaiando, vendo aquela plateia ainda vazia, mas já imaginando-a cheia, ver as maestras bailando é lindo e ter a oportunidade de bailar com elas é mais lindo ainda.



Mas, hoje, de repente, me bateu uma tristezinha quando pensei que um dia não quis mais estar com elas, que não quis mais estar aqui e aí fiquei tensa e um pouco introvertida. A Giselle, nossa coreógrafa, me conhece bem, percebeu e fez umas orações pra mim. Senti necessidade de me concentrar em me maquiar, pensando em tudo que havia escrito ontem, pensando como pude querer não estar mais aqui para passar por tudo isso que eu amo tanto. Dançar é viver! Pelo menos pra mim. Quando estou ali é como estar no céu, é uma sensação tão boa que não consigo explicar com palavras, são sensações.
 
Entrei no palco bem nervosa na primeira coreografia, abertura do espetáculo, mas foi só no primeiro minuto. Quando vi a plateia lotada meu coração se encheu de uma força e uma vontade de dançar que não cabia dentro de mim. Tudo que sentia passou e me entreguei totalmente. E engraçado como hoje me entreguei mais que o normal, senti isso dentro de mim, meu corpo respondia diferente aos movimentos, as expressões no rosto estavam diferentes, mais leves...foi tudo tão bom que saí de lá extasiada, pronta pra outra e querendo mais! Acho que hoje o 'duende' baixou em mim!!!
 
Pode me chamar de papa-flamenco, Moniquita! Sou mesmo e isso me faz viver! Estar com vocês me faz viver! Dançar me faz 'querer' viver! E quero continuar dançando até ficar velhinha, como aquelas  senhoras nos filmes do Carlos Saura, sabem (de sapato baixinho e cara de mau...kkkk), dançando Sevillanas e cantando com voz de gralha! Hahahahahaha!!! Ficar acabada nos ensaios, como na foto abaixo...
 E depois ficar assim...
Sem batom ainda, minha gente...
É muito gostoso!!!! Queria viver disso, mas ainda não posso, pelo menos até ano que vem...e também acho que não tenho ainda todo o 'know how' suficiente pra isso. Mas, quem sabe um dia...

Tá, agora chega porque já falei demais, tenho que descansar porque amanhã tudo volta ao normal, aulas, ensaios, amigas por perto e muito flamenco! Ah! E neném com mamãe o dia todo porque estou morrendo de saudades do meu pequeno, ser filho de bailarina tem dessas coisas, né.

Amigas flamencas, todas vocês, sem exceção, são muito especiais pra mim!

Monte de beijos!

4 comentários:

  1. "Camelo no sol não tem pico" kkkkkkkkkkkk
    Demais!!!
    Eu estou eufórica até agora!! meu corpo não descansou. É muito amor e adrenalina juntos.
    AMO dançar com vocês, amo a companhia de vocês!
    só posso dizer obrigada!
    E obrigada por este post que diz tudo o que nós vivemos, a paixão pelo Flamenco e os limites que ultrapassamos para realizar tudo isso!
    beijo minha amiga linda que arrasou no solo!

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  2. Hihihihihi!! Gostou da do camelo, né?! Eu comecei e Ivna terminou!! Tb amo dançar com vc's e vc arrasou ontem, bonita!! Que patada! Olé con olé! Vivemos dessa paixão, não é mesmo? Sei que vc ama o flamenco tanto quanto eu e abrimos mão de muitas coisas para estarmos lá. Monte de beijos pra vc!
    OBS.: vi meu solinho no vídeo que o Guto fez...aff! Ficou tosquinho, mas fiquei feliz assim mesmo! Kkkkkkkk!

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