sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Felicidade Realista - para refletir no fim de semana

Boa noite!

Ontem, conversando com 2 amigas, esposas de colegas de trabalho do meu marido, falávamos sobre o que é necessário para sermos felizes, que dinheiro, status, beleza não são sinônimos de felicidade e que as pessoas sempre querem mais e mais e mais... Nunca ficam satisfeitas, nem com a felicidade e acabam por nunca serem felizes de verdade. Difícil esse tema, né? Já que felicidade significa tantas coisas para cada pessoa, que são todas diferentes, logo, almejam coisas diferentes e tem conceitos diferentes do que é felicidade...ai! Então lembrei desse texto que li no livro Montanha-Russa, da Martha Medeiros. Leiam, reflitam e pensem numa forma de viver a realidade e ser feliz de verdade.

Vou admitir que essa semana não foi das mais felizes, tive a paranóia com o Tuco, fiquei quase 3 dias sem um medicamento controlado que tomo diarimente e tive muitos efeitos colarerais, estava (estou) na TPM das brabas, enfim, minha vida é normal como a de qualquer mulher da minha idade. Não posso ser hipócrita e fingir felicidade 24 horas ao dia e viver "montada", vivendo na pele de uma Lorena fake (muita maquiagem e roupas lindas escondendo qualquer sentimento adverso à felicidade). Essa sou eu, nua e crua na busca insesante de ser feliz.


FELICIDADE REALISTA

"De norte a sul, de leste a oeste, todo mundo quer ser feliz. Não é tarefa das mais fáceis. A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.

Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica, a bolsa Louis Vitton e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.

É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Por que só podemos ser felizes formando um par, e não como ímpares? Ter um parceiro constante não é sinônimo de felicidade, a não ser que seja a felicidade de estar correspondendo às expectativas da sociedade, mas isso é outro assunto. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com três parceiros, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.

Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.

Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um game onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo."

Vejam minha felicidade aqui:












OBS.: Jorge Eduardo só faltou você nessa minha lista fotográfica porque não tinha nenhuma foto recente sua...

Sejam felizes e ótimo fim de semana!

Monte de beijos!

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Blogterapia: a mãe louca está ficando menos louca...hihihihi!

Olá!

Essa semana, para ser exata na última terça-feira, fiz um post assumindo minha loucura em relação ao meu filho, exigindo dele o que ele não podia me dar no momento (leia aqui o post que estou falando para entender o de hoje). Então, hoje levei o Arthur novamente para a aulinha de Habilidades Motoras e percebi que EU o deixei mais livre e ele teve outro comportamento, ou seja, a culpa do comportamento introvertido e ansioso era minha!!!

Hoje resolvi deixá-lo mais solto, soltei a mãozinha dele e o deixei ir onde queria, fazer o que queria sem a preocupação de que pudesse cair ou qualquer outra coisa (afinal, se cair do chão não passa, né - é só ficar de olho). Continuou não se arriscando muito no circuito preparado pelas professoras, mas tentou pelo menos 1 vez... A música na aula era da Galinha Pintadinha e o Tuco ama as musiquinhas desse desenho, então bateu palmas, dançou e nessa levada foi experimentando lugares novos e tentando subir nos colchões um pouco mais altos, mesmo que engatinhando. E eu? Bem, eu fiquei empolgada, feliz, tirando mil fotos, filmando e nem dei atenção para as outras crianças que estavam a nossa volta, fiz exatamente o que devia ter feito desde o início. Saí de lá satisfeita e feliz com os resultados e feliz por saber que meu filho terá progresso sim, mas no tempo dele!

Algumas fotos para vocês:






O Arthur encontrou as barras paralelas e tentou se pendurar sem que eu o pusesse lá, ele achou sozinho, assim como a escadinha de colchões. Me pedia ajuda as vezes e não me neguei a ajudá-lo nenhuma vez, mas também não fiquei cercando-o como se fosse se machucar a qualquer momento como fiz na terça passada. Hoje ele aproveitou tanto que voltou pra casa num sono muito pesado, não consegui dar banho e até às 12:00 ainda não tinha acordado para almoçar.

Mamãe e bebê felizes!!

Monte de beijos!

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Blogterapia emergencial: a mãe louca que estou me tornando! Ahhhhh!!

Ei, pessoal!

Prometi ontem que o post de hoje seria temático, mas passei por uma situação que não me imaginaria nunca. Hoje meu filho, o Arthur, começou a fazer aulas de Habilidades Motoras, na verdade só está nessa aula porque ainda não há vaga na natação, que é o quero que ele pratique. Essa aula consiste em trabalhar as habilidades motoras da criança...dãaaa! É claro, né, nome já diz, mas vou explicar melhor.
A sala é essa, mas tem muito mais equipamentos e uma cama elástica mega que as crianças piram!
É o seguinte, a aula acontece numa sala de ginástica artística (sem fazer propaganda, mas essa sala fica na academia Body Tech do Shopping Praia da Costa, em Vila Velha/ES) onde as instrutoras montam uma espécie de circuito no qual as crianças deveriam percorrer para desenvolver a lateralidade, noção de espaço, desenvolver a musculatura e o principal, gastar energia. Embora a criançada devesse fazer tudo isso, a maioria não segue o percurso sugerido e programado, eles estão muito mais interessados na cama elástica do que em qualquer outra coisa na sala, mas meu filho não se interessou nem pela cama elástica. Na verdade, ele se sentiu meio acuado, sei lá...Só queria ficar agarrado em mim, brincando com uma bolinha que deram a ele e dançando, já que toca música durante todo o tempo, fora a dificuldade que teve em se locomover de pé nos colchões que são bem macios, sem falar na falta de empatia com as instrutoras que são uma graça, só resolveu ceder a uma delas no finalzinho da aula, me dando um descanso. Meu desespero foi tanto que eu me jogava nos colchões e subia nas escadinhas para ver se ele me acompanhava, mas nada...sempre sem sucesso nas minhas investidas sem noção! Fiz a mãe-louca sem dúvidas!! Tudo na tentativa de que meu filho fizesse alguma coisinha parecida com o que as outras crianças faziam. Tinha um molequinho, uma figurinha por sinal, que fazia rolamento (cambalhota, pra traduzir) nuns colchões de alturas diferentes, tipo  pulando de um para o outro e ele só tem 2 anos!

Daí, me peguei vendo o desenvolvimento das outras crianças, todas com idade entre 1 e 2 anos, e a comparar com o meu filho! Que droga! Eu detesto comparações e eu mesma estava fazendo isso com o pobrezinho! Cheguei ao absurdo de me pegar justificando o fato de meu filho não estar tão desenvolto quanto as outras crianças com a mãe de uma delas, falava que ele era muito novinho apesar de bem alto, que era a primeira aula, que isso, que aquilo... Aff! Por qual motivo estava fazendo aquilo? Minha nossa!!! Será que vou ser tão exigente com meu filho, querendo que ele seja tão desenvolto ou tão esperto ou tão inteligente quanto outras crianças?? Não quero isso para ele muito menos para mim, porque sei que vou sofrer se isso continuar, mas acredito também que foi uma boa experiência, pois percebi essa paranóia que entrei e voou me policiar mais daqui para frente.

O interessante foi que a mãe com a qual eu conversei me disse para ficar tranquila que quando o filho dela começou nas aulinhas também se comportava da mesma forma que o Arthur, mas não demorou muito a se soltar, que não era para eu me preocupar, que as coisas iriam acontecer para ele no tempo dele. Gente, desde quando alguém precisaria dizer isso para mim? Eu sou educadora física, mas me peguei tendo atitudes de um leigo. Cheguei a conclusão que ficamos meio estúpidas quando se trata dos nossos filhos, que esquecemos tudo e  ficamos meio cegas, ou melhor, com uma visão seletiva, já que vemos o que queremos para compararmos com a nossa realidade ou a realidade de nossos filhos. Ninguém merece! Casa de ferreiro o espeto é de pau, né.

Mamães leitoras e amigas, prestem atenção nas suas atitudes com seus pequenos quando se trata de exigências de qualquer aspecto. Acho que por isso criamos crianças ansiosas e inseguras, pois nós acabamos cobrando demais e achando que a criança deve dar mais do que ela pode naquele momento e ela acaba por se frustrar e pensar que não está nos agradando. Estou vendo isso acontecer comigo, inesperadamente, sempre disse que não faria isso, mas admito que aconteceu e espero me policiar para que não aconteça mais! Vejam  bem, não estou querendo dizer que não devemos estimular nossos filhos ou nos omitir e deixar que as coisas simplesmente corram soltas, não é isso, mas entender que cada criança tem seu tempo e suas habilidades. EU NÃO TENHO UM PEQUENO ATLETA EM CASA, EU TENHO UM FILHO! Esse será meu mantra da semana, aliás dos próximos anos!!!!

Então, deixo essa dica para vocês. Para quem se interessar pela atividade, eu achei bem legal, embora ainda prefira a natação, as aulas são niveladas por idade e há sempre umas 3 instrutoras orientando na sala e a mãe ou responsável deve acompanhar a criança sempre ok.

Monte de beijos!

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Blogterapia: Ninja!!

Oi!! Boa noite!

Hoje vi uma foto no Facebook que resume bem a minha vida ultimamente. 
Tenho deixado o blog um pouco abandonado, as postagens que eram diárias, estão se tornando escassas... Mas não quero que isso aconteça pois adoro escrever e amo ser lida! Mas sabem como é a vida de mulher Bombril, né. E vejam bem, ainda estou afastada do meu trabalho na Prefeitura!!

Tenho sido ninja mesmo, ninja em muitos aspectos: como mãe, como mulher, como profissional, como Lorena, enfim, as turbulências de alguns meses atrás começaram a ficar mais brandas e as ideias estão começando a se ajustar, daí, com as coisas tomando seus devidos lugares, acho que precisaria que meu dia tivesse umas 30 horas para que tudo pudesse ser feito já que antes não conseguia fazer muita coisa. Não estou reclamando, como disse na minha descrição aí do lado eu adoro o caos, mas um caos com certa organização, se é que isso é possível. 

Estava vivendo uma loucura (literalmente), uma tormenta de pensamentos que agora estão sendo reorganizados cada um em sua gavetinha na minha mente, apesar de meu marido dizer que minha cabeça tem um emaranhado de fios em curto-circuito, as gavetinhas organizadoras estão aqui sim e a sensação de começar, ou melhor, voltar a tomar as rédeas da minha vida é muito boa.

Planejar e colocar em ação os desejos antigos e que antes eram inalcançáveis é muito bom. Na realidade, eram inalcançáveis na cabeça da Lorena doente, para a Lorena real, essa que vos escreve agora, tudo é possível. Ser feliz é possível! Minha felicidade em primeiro lugar, mesmo que para alcançar essa felicidade eu tenha que passar pelos "perrengues" iniciais como o começo de um novo projeto de trabalho, um negócio próprio cujo início nunca é tão fácil, mas prazeroso pois era algo muito sonhado.

Bem, sobre esse assunto conversaremos muito em breve e será tema frequente aqui no blog. Ah! Só para terem notícia: Arthur adoeceu de novo, teve diagnóstico e medicação errados no hospital e mamãe aqui passou muitas noites acordada... Mas agora já está tudo dominado de novo e Tuco tá melhorando. Já tenho até apeludinho novo pra ele, Zé Virose! Kkkkkkk!! Vejam que coisa gostosa da vida ele ficou vestido de patinho na festa de fim de ano da escolinha!
Hihihihi!! Meu patinho de chupeta!!

Amanhã terá post temático pra vocês! Aguardem!!

Monte de beijos!

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Batizado da Helena, minha sobrinha amada!

Olá, amigas!

Nesse fim de semana fiquei bastante enrolada e por isso nem escrevi no blog, mas foi por uma boa causa. No domingo foi o batizado da minha sobrinha, a Helena, a mãe dela é minha cunhada e Dinda do Arthur. Ela está com 5 meses e ela e os pais se hospedaram aqui em casa já que temos toda estrutura para crianças, né. Bem, podem imaginar a correria, gritaria e confusão...Kkkkk!! Nada disso, assim como o Arthur, Helena é um amor de bebê, tranquila e linda! A confusão foi do Tuco que quase teve um treco de tanto ciúme da prima...Eu posso com isso?

Tirando essa parte do ciúme, foi tudo um sucesso! A cerimônia de batismo aconteceu no Igreja do Carmo, mesma igreja onde me casei. É uma igrejinha linda e muito antiga aqui de Vitória, uma das primeiras construídas na capital e a cerimônia foi rápida e bonita. Quem celebrou foi o padre Aerola, um senhor bem velhinho, mas muito sábio nas palavras. Ele disse uma coisa que minha madrinha toda vida me disse e digo hoje para a minha afilhada, a Maria Eduarda: "madrinha é mãe espiritual". Pra mim, na falta da mãe, a madrinha deve fazer esse papel e é por isso que quando escolhemos os padrinhos para nossos filhos essa decisão deve ser muito bem pensada para que sejam pessoas de nossa confiança e que amarão nossos filhos assim como os seus próprios. Ah! Helena se comportou muito bem, não chorou nem com a aguinha na cabeça, parecia uma mocinha! Lindona da Tia Loli!!

Como já disse em outros posts, não sou católica praticante, mas batizei meu filho na igreja católica e fiz a escolha certa para seus padrinhos, a Martha e o Dagoberto. Pessoas de bem, que nós gostamos muito, que gostam do Arthur e que além de padrinhos são tios para sempre, já que a Martha é irmã do meu marido. Independente da religião e do significado do batismo, se você acredita que é uma cerimônia importante, a  realize e festeje. A festinha de batizado da Helena foi na minha casa, ou melhor, no salão de festas do meu prédio e depois de muita tensão no dia anterior (não é Martha!! Hihihihi!), tudo ficou lindo e perfeito. Vou postar algumas fotos pra vocês.
Igreja do Carmo. Subi essa escadaria todinha vestida de noiva!!! Ai, que saudade!!

Padre Aeróla e o altar lindo da Igreja.

Dindo e Dinda muito emocionados com Helena!

Dinda de Consagração. Na religião católica consagramos a criança também a Maria e para isso temos uma outra madrinha.

Não podia faltar uma nossa né! Arthur todo lindo de short jeans Zara e camiseta Calvin Klein!

Familia Rezende reunida! Antes que me perguntem, minha roupa é toda da Farm, ok.

Detalhes da mesa de doces.



Monte de  beijos pra vocês e até amanhã!

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Essa sou eu

Oi!!

Estamos longes desde quinta-feira, não é mesmo? Mas estou aqui de volta com um "textículo" da Martha Medeiros (muito amor por ela, gente! Acho que fomos separadas na maternidade ou sofremos de "transmimento de pensação"...). Esse texto "me representa", me define. Essa criatura aí sou eu! Pra quê paraíso se no inferno tem sexo, "dorgas" e rock and roll?! Kkkkkk! Brincadeirinha, amigas!


A TODOS...

"A todos trato muito bem
sou cordial, educada, quase sensata,
mas nada me dá mais prazer
do que ser persona non grata
expulsa do paraiso
uma mulher sem juízo, que não se comove
com nada
cruel e refinada
que não merece ir pro céu, uma vilã de novela
mas bela, e até mesmo culta
estranha, com tantos amigos
e amada, bem vestida e respeitada
aqui entre nós
melhor que ser boazinha é não poder ser imitada."

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Flamenco: um olhar, o meu olhar (blogterapia)

Oi, gente!!

Estou meio em falta com vocês, né? Os posts estão um pouco escassos... Mas é por um motivo digno. Ser mãe de um menininho de 1 ano é muito cansativo e ainda descobri deficiência de ferritina, vitamina D, ácido fólico... Ixi! Uma coisa bizarra! Casa de ferreiro o espeto é de pau, já ouviram isso? Mas tenho feito um grande esforço para estar aqui sempre que possível, mesmo que ultimamente mais nas blogterapias, assim, hoje vou falar um pouco sobre dança, a minha dança (como vocês já sabem, danço flamenco).

Me encontro num momento com a dança em que quero mais e mais e mais apesar de tudo, momento de sugar tudo o que posso para descobrir os movimentos no meu corpo, como eles funcionam, como o meu corpo funciona, como o movimento fica melhor para o meu corpo, qual é o meu Flamenco. A dança tem sido um alimento para o corpo e para a mente. Creio que estou descobrindo o que é a dança em mim e como é que a coisa acontece nos corpos, não só no meu, mas também no dos outros e, para isso, observar tem sido um grande aprendizado.

Tenho participado de uma montagem coreográfica para um espetáculo de Flamenco com apenas 3 bailarinas (ou bailaoras, para quem é do meio) e tenho observado bastante todo o processo e percebido os mesmos movimentos em corpos diferentes, um mais preciso, um mais forte e outro mais fluido, como um mesmo movimento pode ser executado de maneiras diferentes, afinal são corpos diferentes. O Flamenco permite isso, não é como o ballet clássico, por exemplo, que exige movimentos idênticos de todos os bailarinos, é como se houvesse um olhar particular, uma licença poética, uma liberdade controlada (se isso for possível) já que há uma coreografia a ser seguida.

Acho que só agora, depois de 7 anos de Flamenco, me sinto começando a dançar, me encontrando no que meu corpo me permite realizar e me instigando a fazer o que me é mais difícil. Talvés eu esteja começando a incorporar a dança, o bichinho do palco está a me morder com mais intensidade e a vontade de criar coisas minhas tem sido bem grande ou pelo menos de transformar o que já conheço em algo com a minha identidade. De fazer diferente, de permitir que o meu Flamenco flua da forma que eu quero, que eu posso, que eu gosto, como um "eu lírico", mas ainda com limitações por dançar sempre em grupo.

Algumas coisas não sei... Se conseguirei um dia montar um baile meu, se conseguirei subir num palco sozinha e gerar alguma emoção na plateia, se arrancarei um "OLÉ" de alguém um dia, se terei a oportunidade de tentar tudo isso... Não sei, mas sei que quero, que preciso tentar!

Avisando a todos os leitores (as) que o espetáculo de fim de ano da Alma Andaluza Studio de Dança será no dia 21/12 e os ingressos já estão à venda, ok. Se você mora na Grande Vitória e tem vontade de conhecer um pouquinho do Flamenco, essa é uma excelente oportunidade!
 
Monte de beijos!

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A melhor descrição do que é ser mãe

Olá, amigas!
Alguns dias se passaram, muitas atividades com meu pequeno no feriado, mas estou de volta. Hoje resolvi postar um texto que é fantástico, é exatamente o que sinto como mãe e o interessante é que foi escrito por um homem. Certamente homem de muita sensibilidade e observador para traduzir em palavras o que só uma mulher pode sentir.
Vamos lá!
Por Fabrício Carpinejar
O que é ser mãe? É nunca precisar responder a essa pergunta. Diferente de pai, que sempre se explica e gosta de se explicar. Mãe parece que nasce sabendo, não importa a idade, não importa a disposição. Julga-se como um dom natural e um desejo de vida, desde o momento em que brincava de boneca na infância e formava uma família imaginária no quarto. Que menina, quando pequena, já não sonhava em trocar a roupa do filho ao vestir e desvestir sua Barbie? Ser mãe não é encarado como profissão nem deve, mas é tão estafante quanto um início de carreira. O papel é visto como prazer e dádiva. Para alguns homens, é reconhecido como o cumprimento de um ideal. Um sonho. Mas não significa que será fácil. E não é. Responde a um dos períodos de maior aprendizado, nervosismo e tensão. Durante a gravidez, a mulher se multiplica. Espiritualmente é duas. Ganha atenção dobrada. Seus pedidos mais estranhos são atendidos. Cavalheirismo e educação exagerados batem à sua porta. Não me refiro aos assentos vermelhos do ônibus e do metrô e dos guichês do banco, reservados a gestantes. Muito além disso: abrem-se os caminhos do entendimento e da cordialidade. Ela encontra uma paz de bosque, uma quietude social. Não é contestada, criticada, desafiada. Nada que prejudique o andamento da gestação. Sua fragilidade a ilumina de carícias.
DEPOIS DO NASCIMENTO, desconfia de que sua barriga serviu para um aluguel de luxo, que os familiares se importavam com a criança a vir, não com a criança adulta que se transforma em mãe. Paparicam o bebê e ela acaba de canto, alheia, sequiosa por um aconchego que não chega. Na hipótese de atravessar uma cesariana, dolorida e custosa, não receberá sequer algum questionamento sobre sua saúde. Andará sozinha, bem lenta, atrás do cortejo. A depressão pós-parto não é uma miragem, sinaliza desvalia.
De uma hora para outra, a mulher não é mais responsável pela sua existência, é responsável por duas vidas. Não poderá se dar ao luxo de pensar somente em si. Pensará em si por último, caso sobre tempo. Aliás, vejo que não é casando que a mulher deixa de ser solteira, ela muda efetivamente de estado civil ao gerar um filho. A dependência é substituída pela independência, no sentido de orientar e educar a criança.
POR MAIS QUE ESTEJA ACOMPANHADA de um marido companheiro e atento, é como se mandasse no campinho. É ela que deverá responder – ou acredita que deve responder – no surgimento de dúvidas e impasses. O homem ainda goza da regalia de coadjuvante, com atenuante de que não precisa conhecer tudo. Pai está aprendendo a ser pai, mãe está ensinando a ser mãe. A crença é que a mulher tem uma enciclopédia embutida no ventre.
Licença-maternidade não é uma licença poética. Não é apenas estacionar o filho na vaga preferencial do seio. Mal se recuperou do parto e enfrenta a multiplicidade de atividades. Não dorme pelo medo de dormir e deixar escapar um apelo do bebê e ser incriminada por omissão. A insônia é o de menos. Até encontrar a posição certa de segurar o nenê para não ter cólicas, até encontrar a melodia adequada que tranqüiliza o choro, até encontrar a postura confortável para não sofrer com dor nas costas, é uma arte.
ENTRE CUEIROS E TIP-TOPS, entre fraldas e lençóis, dificilmente será reconhecida em família pelos seus pequenos e imprescindíveis feitos. De que modo contar a terceiros e ao próprio marido o que fez? Que deu leite, arrumou as roupas, limpou o cocô, deu papinha e que essas operações tomaram o seu dia? As energias gastas em 24 horas serão reduzidas a um relato de três minutos. Dirão que é exagero. Começa a cobrança e a sensação de que não é compreendida.
O marido aparecerá em casa, leve e lépido, mais disposto (é claro), e brincará descansado com o filho, imitará sons de bichos, desfrutará da organização e de uma companhia para dividir as tarefas. Ele curte o que desejava para você. O pai é o parque, a mãe é dia útil. Resta assistir à alegria como se fosse sua.
IMAGINE UMA PROFISSIONAL HIPERATIVA mergulhar de repente nesse mundo em que nada aparenta acontecer e tudo acontece sem jeito de demonstrar? Ter a rotina reduzida a dez quarteirões do bairro, na faixa que compreende a quitanda, a farmácia, a praça e o mercado, como um exílio em sua cidade? Uma mãe recente é uma ótima crítica da televisão à tarde. Pela primeira vez, é capaz de opinar com fundamento sobre a qualidade dos programas.
De um comercial a outro, o filho cresce mais rápido do que supunha. O que adiava para fazer continuará adiando. Se nos preparativos, demorava séculos para definir a cor do enxoval, as decisões agora são rápidas e fulminantes. São para ontem. O filho largou o peito, deve então acertar a temperatura do leite, preparar a comida, optar pelas peças da gaveta. Será que ponho casaco ou não? Está quente ou frio? O ponto mais visitado é a bunda rosada da criança, para verificar assaduras. As mãos cheiram a hipoglós e não é de estranhar que a pasta branca fique nos vãos dos dedos no momento de dormir. E, quando toca o telefone, a mãe se envergonha de dizer que está segurando o filhote no colo e faz o impossível para que a voz na linha não note o incômodo. Um malabarismo para acalmar os gritos do pequeno, entender a conversa e ser educada. Mãe carrega muita culpa desnecessária. A maternidade é uma solidão desproporcional, uma solidão solteira em cama de casal.
A libido fica em baixa, não se tem a mesma vontade louca de transar. Nem é vontade, é disposição, condicionamento físico. Após desbotar o tapete do corredor no vaivém, não há como se arrumar. Arrepende-se dos espelhos no quarto adquiridos para projetar posições eróticas. O homem se aproxima dengoso e amoroso e a dor de cabeça é a saída menos explicativa. Existe um cansaço inclusive para DR (Discutir o Relacionamento).
A mulher se vê acima do peso, com os seios estranhamente grandes (talvez o homem goste da protuberância, esquece que o aumento é inchaço, dói e não é para ele) e a cintura se equilibrando com a transformação. Pela primeira vez, um maiô não é uma idéia insuportável. O corpo está longe da rigidez e para recuperar as formas antigas só com muita ginástica, musculação e sorte.
ELA ESTÁ DISTANCIADA DO NÉCESSAIRE, substituída pela sacola forrada de plástico, com pomadas, panos, bicos e o restante infinito do arsenal infantil. O máximo a fazer é paquerar a sinaleira. O único jeito de avançar no sinal vermelho é ali, com o carrinho de bebê na faixa de segurança.
Se não está aprontando e ordenando as coisas, está limpando a bagunça. Se não está encaminhando a criança ao sono, está dormindo junto. O banho de banheira da criança que encharcará o piso será o raro momento em que se ausentará, ouvirá novamente sua respiração e buscará informações atualizadas da rua.
Falei do trabalho, porém é o isolamento que mata. O pai age, na maioria das vezes, como um porteiro das visitas, cumpre a convenção social de mostrar o bebê para em seguida continuar suas conversas. Um elogio pra lá, um elogio pra cá, a criança abandona a cena e a mãe corre atrás, para atender as chamadas noturnas. Não há como acompanhar os papos entusiasmados e eufóricos. Escuta-se as risadas do quarto, com receio de que a criança seja acordada e tenha que recomeçar o acalento. Torce para que as visitas saiam cedo.
OS AMIGOS E AMIGAS DA MULHER, de contato freqüente, de repente desaparecem. No início, podem rodear o bebê, propor bilu-bilu e esganiçar dublagens. Exaltam o nascimento. No instante do socorro e exaustão, nenhuma alma por perto. Acontece uma segregação silenciosa e terrível. Alguns se afastam para não incomodar, outros para não serem incomodados.
Durante essa fase, os relacionamentos escasseiam também devido à exclusividade materna. Quem não tem filho pode achar esquisito, mas pais discorrem na mesa sobre quantas vezes a cria foi aos pés e a cor das idas e vindas! Ela encontrará dificuldade de conversar de outros assuntos que não os relativos ao seu filho. Afinal, seu universo gira em torno dele. Vai se aproximar de outras mães para dividir suas dores e delícias. Um dos motivos para que as reuniões das creches sejam longas. É um momento de desafogo e de cumplicidade.
A MÃE QUER SE SENTIR OUVIDA, falar do que incomoda na hora em que sente. Não depois quando já se confortou. Ou antes quando não entende. Tal jornal – mãe é para ser lida no dia. A pior coisa para ela é estocar sentimentos e apreensões, como quem guarda inutilmente papel velho. Mãe deve dizer o que a confunde de pronto e ser respeitada em silêncio até o fim, para que a preocupação não seja convertida em recalque.
Quando não está ao lado da criança, mãe padece com severa intensidade. Uma saída para se distrair – ou ao retornar ao trabalho –, e está ligando apavorada para a babá, solicitando relatos minuciosos dos últimos movimentos do rebento. Pavor de que não há quem cuide melhor do que ela. Ou pavor de que alguém cuide melhor do que ela.
O QUE É SER MÃE? É nunca precisar fazer essa pergunta. O que se experimenta em segredo, o esforço hercúleo, o afeto pontual serão recompensados com a telepatia. A mãe notará que é possível esconder seus sentimentos de qualquer um, menos de sua criança, que alisará seus cabelos no desalento com o pente das unhas e nadará com alegria em seu corpo em cada abraço. E basta observar que a criança imita seu trejeito, basta reparar que a criança segura os objetos com a sua firmeza, basta reconhecer na voz dela o galho florido de seu timbre, basta cheirar o cangote e descobrir quantas fragrâncias não foram criadas, basta vê-la caminhar longe do apoio, balançando como um pingüim, basta ouvi-la dizer “mãe” com a pausa de uma reza, basta ser surpreendida com as repetições de suas idéias, basta que ela invente novas possibilidades para linguagem, basta que ela ponha a digital em um cartão, que ela retribua o “eu te amo”, e as adversidades serão esquecidas. As adversidades já serão amor.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

O corpo fala: blogterapia

Voltei, gente!

Voltei para contar que estou fazendo umas aulas de expressão corporal no estúdio em que faço minhas aulas de flamenco e que dou aulas de Pilates, a Alma Andaluza Studio de Dança. Tem sido muito bom para mim que sou bastante insegura em relação a mim e ao meu corpo, acho válido que quem tenha problemas relacionados à auto-imagem, à auto-estima trabalhem esses conflitos com atividades como essa, que usem o corpo como "ator principal". Mesmo o curso sendo voltado para a dança, para a expressão no ato de dançar, não consigo dissociar os sentimentos dos movimentos, aliás, acredito que os movimentos partem das "imagens emocionais" que guardamos. Conseguem me compreender? E é por esse motivo que coloquei esse título: o corpo fala.

As últimas aulas tem trabalhado muito com feridinhas bem complicadas em mim. Na semana passada fizemos um momento de observação do rosto do outro, das feições, de todos os detalhezinhos que formam nossa face. Tenho muita dificuldade de ser olhada, pois sempre me achei feia, principalmente pelo fato de ter uma grande cicatriz no rosto, apesar de as pessoas dizerem que ela quase não aparece, eu a vejo como uma coisa enorme, um defeito muito grande, além disso tem a carga emocional que essa cicatriz me traz, a perda de uma pessoa muito querida, tudo o que passei quando criança por causa dela, os olhares de estranhamento, as perguntas... pois ela é muito fina hoje, mas num período mais próximo ao acidente que sofri, era bem aparente e eu só tinha 6 anos. Enfim, o exercício era esse que descrevi e a minha sorte foi que fiz com uma pessoa que é extremamente sensível e gosta muito de mim (e eu dela!), além disso não sofre desses mesmos problemas que eu, me olhava com ternura, observando cada partezinha do meu rosto, mas eu sempre dava um jeitinho de desviar meu olhar, como se eu quisesse me esconder por alguns instantes, como se quisesse desaparecer naquele momento para não ser notada.

Temos trabalhado muito movimentação do corpo todo, como numa montagem coreográfica, a partir dos comandos da professora que, geralmente, são relacionados a sensações, sentimentos, emoções e isso tem despertado em mim uma vontade enorme de me movimentar mais livremente. Tenho percebido movimentos grandes e pendulares do meu corpo sempre que o deixo se mover como quer, sem pensar muito, movimentos mais fluidos, sem muito controle (apesar de ela sempre pedir controle do corpo! Kkkk!). Acho que estou, nesse momento, me livrando do que sempre me prendeu: a minha própria cabeça! Tentando preencher os espaços que estavam vazios dentro de mim, preencher com coragem, com vontade, com felicidade e seguindo a vida mais leve, mais fluida, sem querer ter o controle de tudo, me sentindo um balão sendo cheio pouco a pouco, mas que nunca ficará cheio o suficiente e nem nunca estourará. E sabem de uma coisa? Acho que estou indo de vento em popa, já que tenho conseguido fazer todas as dinâmicas, na frente das pessoas sem morrer de vergonha ou de achar que estou fazendo tudo errado como o de costume, me sinto bem mais segura ou, no mínimo, menos insegura.

Hoje fizemos uma dinâmica muito interessante que trabalhava algumas emoções que todas as pessoas passam ou já passaram um dia: raiva, medo, amor/sensualidade, nojo, encantamento e poder. Fizemos uns retângulos no chão e em cada um deles havia uma dessas emoções escrita, então nós escrevemos em cada retângulo o que quisemos relacionado a cada uma delas e depois entramos todas juntas em cada retângulo e fizemos com o corpo as expressões que representavam aquela emoção específica. Interessante as reações de cada pessoa! Eu não consegui fazer nada no retângulo do poder, não soube expressar com meu corpo...até comentei no final da aula que minha relação com o poder é muito particular, tenho um pouco de dificuldade. Quando estávamos na raiva me liberei e deixei meu corpo mostrar o quanto posso ser violenta num momento raivoso, como já fui uma vez com minha irmã quando ela conseguiu me tirar do sério e quase a atirei contra a parede... O nojo foi fácil! Me imaginei numa piscina de minhocas, baratas e polenta e pronto! Já me coçava toda, me deu um asco que foi difícil de sair daquilo, precisei parar, respirar um pouco para voltar para a dinâmica. Kkkkkkkkk!!!!

O amor/sensualidade foi muito difícil. Acho que tem muito a ver com as questões de auto-estima. As pessoas com auto-estima mais elevada conseguem saber o que é ser sensual, eu não sei e morro de vergonha de tentar ser sensual até para o meu marido (e mesmo assim ele se casou comigo, alguma outra coisa boa eu devo ter, né), o amor que consegui expressar foi o amor de amigo, o amor fraternal, com um abraço muito apertado numa das colegas (que é uma grande amiga), mas confesso que também não sou muito "abraçativa e beijativa", me acho meio bruta, sei lá. 

Bom, me deu muita vontade de falar sobre isso porque, como já contei para vocês há alguns posts atrás, estou fazendo tratamento para me curar de uma crise depressiva e as aulas de expressão corporal tem revelado muitas coisas novas em mim. Faço terapia de 15 em 15 dias, mas minha terapia não tem nada de trabalho corporal, até porque nunca consegui fazer terapia corporal exatamente pela vergonha que sentia. Me mostrar sempre foi muito complicado, sempre preferi ficar na minha, quietinha, até aparento ser meio antipática por ser assim, mas não sou não, gente, é só a minha fama de má! Kkkkkkkk!! Ah! Dançando faço todas as caras e caretas que as músicas me pedem, me expresso sem pensar muito, mas também foi muito tempo de trabalho interno, aqui na minha "cachola", para relaxar e deixar a coisa acontecer. Dançar também é terapêutico, pessoal!

Então tá! Chega, né! Já dei a dica e as aulas de expressão corporal lá no estúdio, no ano que vem, serão regulares. Se tiverem interesse, entrem na Fan Page do Facebook da Alma Andaluza Studio de Dança ou no Instagram @almaandaluzastudio, ok.

Monte de beijos!

Super, super, super... CANSADA!

Meu povo!

Quando eu tiver meu segundo filho, porque o terei, não reclamarei de ficar acordada à noite para amamentar, não ficarei esperando ansiosa para que o bebê cresça e fique espertinho rápido, não compararei meu filho com outras crianças... Gente, estou tão cansada que vocês não fazem ideia! O Arthur resolveu começar a andar sozinho no domingo, como mostrei no Instagram. Na verdade, ele já não queria mais ficar no colo, mesmo não andando sozinho queria que ficássemos andando com ele de mãos dadas e ele não para nunca. Imagina agora que ele descobriu que pode ir onde quiser sozinho!!!

É uma delicia cada descoberta dos nossos pequenos, mas não fazemos ideia da quantidade de energia que eles tem e da fome de conhecer, de aprender, apreender coisas novas que eles possuem. Acho que nem se eu tivesse tido bebê mais nova eu não ficaria do jeito que estou agora, é um cansaço físico que não me larga de jeito nenhum... somado a isso tem também meu problema da tireóide, hipotireoidismo, que me deixa ainda mais sem energia para acompanhar o meu filho. Sobre esse problema, muito comum por sinal, trataremos amannhã, ok.

Engraçado como quando as crianças descobrem que podem fazer algo sozinhas elas se sentem muito, mas muito independentes e, de certa forma, poderosos. O Arthur não quer mais saber de me dar as mãos para nada, mas ao mesmo tempo, quando cansa, vem correndo pedir colo! Kkkkkkkkkk! Dá uma tristezinha lá no fundinho do coração essa independência, porque sabemos que em breve ela aumentará mais e mais, mas também dá felicidade porque crio meu filho para ser independente, mesmo que essa independência ainda seja apenas andar sozinho, pois num futuro próximo ele escolherá seu caminho, fará sua vida do jeito que escolher e sem minhas mãos para ajudar, mas sempre por perto para ampará-lo quando precisar. Todo esse cansaço é um investimento no meu menino, fico feliz por cada conquista dele.

Monte de beijos cansados!!

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Blogterapia: a insustentável MOLEZA do ser - TPM

Oi!

Não! Não está tudo bem! Voltei porque acho que estou tendo a pior TPM dos últimos anos (a cada período de TPM digo isso, a atual é sempre a pior) e preciso de alguém para me ouvir, ou melhor, ler. Usei no título da postagem uma alusão ao título de um livro de Milan Kundera, A Insustentável Leveza do Ser, que por sinal não tem nada a ver com TPM, só usei porque é o que estou sentindo agora, muita moleza, vontade de fazer nada e ficou legalzinho. Deu pra entender? Blahhh!!! 

Aliás, não é bem vontade de fazer nada o que sinto, mas sim vontade de fazer uma lista de coisas, vamos lá:
1) comer todo o açúcar do planeta;
2) comer todo o açúcar que possa haver também fora do planeta;
3) matar alguém com requintes de crueldade, tipo aquela pessoa que dirige passeando a 40Km/h na avenida da praia, pela pista da esquerda, atrapalhando o trânsito, às 15h de uma quinta-feira;
4) congelar meu marido e descongelar quando der vontade;
5) falar muitos palavrões (isso eu faço mesmo!);
6) fazer uma fogueira com todas as minhas roupas e comprar tudo novo;
7) comprar e gastar todo o dinheiro que eu não tenho;
8) comprar mais um pouquinho;
9) comer mais açúcar e
10) gritar mais alguns palavrões!


Enfim, na TPM tudo que não precisa acontecer acontece. Já notaram? Acho que vou fazer um estudo sobre como a TPM e a Lei de Murphy estão diretamente relacionadas, como são diretamente proporcionais. Exemplo, eu moro no 19º andar, que equivale ao 21º na realidade, e hoje todas as vezes que precisei do elevador, se eu estivesse no 19º, eles (os 3!!) estavam no subsolo e se eu estivesse no subsolo eles estavam no 20º andar!! Aí, entrei e tive que dar bom dia, boa tarde ou boa noite para alguém que já estava lá dentro mesmo querendo dizer "bom pra quem?" e virar as costas. Não posso me esquecer dos malas do trânsito pois a história do sujeito a 40km/h que disse na lista acima aconteceu e eu não tinha como sair de trás do pentelho. Então, saí da aula de Pilates menos revoltada porque já tinha acabado com minhas alunas numa aula estilo BOPE (até numerei a galera da turma, 01, 02...) e acreditando que o trânsito já estaria melhor, então... SURPRESINHA!!!! Mega engarrafamento por causa de uma chuvinha xexelenta e, um trajeto que originalmente levaria 15 minutos, levei 1 hora e 10 minutos!! Bem, não preciso entrar no mérito de que as pessoas em Vitória (minha linda cidade) não sabem dirigir na chuva, né...aliás, não só na chuva, mas nos dias de sol também ou qualquer outro dia.

Para você, amiga religiosa, por qual motivo Deus nos fez com esse defeitinho de fábrica? Não bastava só a menstruação? Meu marido reclama de fazer a barba...Ãnnn????? Eu faria a barba todos os dias, feliz, se não tivesse TPM nem um minutinho. Mas eu acho que Buda explicou isso quando disse que sem sofrimento não há libertação. Mas tinha que ser tudo com a gente? E que raio de libertação é essa que me faz usar anticoncepcional, absorvente interno (porque tenho alergia ao absorvente comum), que nos faz menstruar, ter TPM, engravidar, parir? Enfim, tenho certeza que se metade disso acontecesse com os homens o mundo acabaria, porque eles não dariam conta. Já perceberam que uma gripe num homem é praticamente o fim dos tempos para eles? Então imagina se precisassem passar por todas as coisas que passamos!? Acabou-se o mundo! 

Então, minha amiga, se você também sofre muito na TPM, transforme essa sua revolta, esse ódio dentro do seu coraçãozinho em humor! Não corra risco de ter que receber visitas íntimas de seu digníssimo esposo no presídio por ter matado alguém quebrando cada articulação do corpo da vítima, nem gaste todo o limite do seu cartão de crédito se seu salário equivale a 1/3 desse limite e também não coma todo o açúcar do mundo porque além de engordar pode te deixar diabética. Entretanto, se você não consegue transformar tudo em piada, vá para dentro do banheiro, ligue seu chuveiro bem forte e com água bem quentinha e comece a cantar todos os palavrões que você conhece. É! Cantar! Pense numa música que você goste e mude a letra para os palavrões mais cabeludos que você conhecer, mas cante bem alto e se puder dê uns pulos (com cuidado, por favor), faça bate-cabelo (aquele lance de rodar a cabeça fazendo um estilo Joelma do Calypso) e não se olhe no espelho, porque o espelho é pior inimigo da mulher em TPM!

É isso! Sem mais! Eu só preciso menstruar e a vida volta a ser colorida...


E sem monte de beijos hoje porque estou de mau humor... Um beijinho só basta!

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Mudança de planos na alimentação do Tuco

Olá, mamães e papais!

Na semana passada fiz um post sobre a papinha que eu fazia para o Arthur. Sim! Fazia! Nessa viagem que fizemos no fim de semana ele me deu a deixa para mudar tudo e parar de fazer a papinha e passar a oferecer a comida de casa. Chegou a hora do meu bebezinho crescer, né!?

Se vocês me acompanharam pelo Instagram (@lorenaperdigao) nesse domingo, viram a foto do pratinho de "peão" que o Tuco traçou: arroz, feijão, purê de batata e bife de boi. Ah! E repetiu 3 vezes, só não repeti o purê pois fiquei com medo de ter muita manteiga ou creme de leite, sei lá, daí fiquei com receio.
Prato cheio...
Prato vazio!
Aliás, nessa viagem o Tuco me surpreendeu no quesito alimentação! Era "dedeira" cedinho, 1 pão francês inteiro (as vezes mais uma metadinha) e uma banana e mamão (é, isso mesmo, tudo junto!) na colação, adorou uva-passa, comeu muita carninha e nem deu bola para o raio da papinha da Nestlé que comprei para "cercar a zebra". Comprei uma que vem num pote grandão para acima de 12 meses, experimentei e até achei mais ou menos, mas o Tuco não comeu por nada, o jeito foi dar o quê havia por perto, né.

Hoje aqui em casa o papá foi arroz integral, feijão, abobrinha e batata baroa (mandioquinha) refogadinha (do jeito que fiz no post sobre papinhas), vagem cozida e bife de peito de frango. A foto que vou postar abaixo é do papá de domingo à noite onde só troquei o arroz com feijão por macarrão de letrinha. 

Fiquei muito, mas muito mesmo, impressionada como o Tuco gostou de comer o almoço de hoje! Ele apontava para o prato e me pedia a comida, abria um bocão que fiquei apavorada. Há muito ele não comia desse jeito, acho que já estava passando da hora de mudar radicalmente a alimentação dele, afinal ele já tem até os caninos (estão os 4 nascendo, os de cima já na metade do caminho). Notei também que já não quer tomar a quantidade de leite que bebia antes. Cheguei a dar mamadeiras de 300mL de leite sem lactose para ele, mas agora está mamando apenas 250mL, mas sempre adicionado de um suplemento, o Fortini sem sabor, indicado pela pediatra devido a dificuldade do Arthur em ganhar peso e as gripes intensas e constantes que o fazia perder peso muito rapidamente.


O Fortini não é engrossante de leite, ok. É um suplemento e só é vendido em farmácias. Não use se você apenas acha seu filho magrinho, tem que ter indicação para isso. O Arthur estava com o IMC baixo, quase na linha abaixo da normalidade e a altura muito acima da linha da normalidade. Vou postar essas tabelas aqui embaixo, mas todas essas tabelas estão na caderneta de vacinação do seu bebê, tanto para os meninos quanto para as meninas, é só olhar e começar a marcar para ver se está tudo ok.

Tabela de IMC x idade.

Tabela Altura x Idade para meninos.

Resumão para facilitar a vida!

O Arthur aos 13 meses estava com 78cm e 9,540kg, perceberam a discrepância? Mas tem onde puxar, já que eu e meu marido somos magros (apesar da minha infância gordinha). 

Bem, pessoal, se quiserem mais informações entrem em contato comigo ou procurem no site do Ministério da Saúde.

Monte de beijos!


terça-feira, 5 de novembro de 2013

Saindo da rotina: passeio em família

Oi, pessoal!

Depois de 4 dias longe retorno hoje para contar como foram esses dias de passeio em família. Fomos eu, meu marido e meu filho a Teresópolis e Itaipava, cidades da região serrana do Rio de Janeiro, lugares muito gostosos e bonitos, tipicamente cidades turísticas. Quem me segue no Instagram (@lorenaperdigao) ou no Facebook pode acompanhar.

Já na semana passada fiquei muito feliz porque meu marido resolveu ficar 2 dias sem trabalhar. Isso é inacreditável já que ele é executivo de uma empresa e acha que não pode tirar férias nem se ausentar nunca do trabalho... Mas não pensem que ficamos livres do trabalho dele nesses dias, não! Até fechar negócios pelo telefone ele fechou. Vontade imensa de jogar aquele iphone no meio da estrada e que um caminhão bem grande passasse por cima dele! Mas não posso nem pensar numa coisa dessas...

Teresópolis é a cidade onde vive meu pai e sua família, não sei se lembram dos posts anteriores, mas não tenho uma boa relação com meu há anos e da última vez que fui ao Rio o reencontrei e voltamos a nos falar. Dessa vez passei uma noite na casa dele. Foi bem mais tranquilo do que imaginava que seria, afinal estava lá e me sujeitando a isso pelos meus irmãos, sinto muita saudade deles e eles de mim e do Arthur. Foi até muito agradável! Reencontrei a família da minha madrasta, pessoas que sempre gostei muito e sempre me trataram super bem. Pude até conversar um pouco com meu pai... Enfim, Teresópolis é uma delícia e foi tudo muito tranquilo.

Fomos então para Itaipava para a festinha de aniversário do filho de um casal de amigos que completava 2 anos. Foi num hotel fazenda, lugar lindo e a festinha uma delícia. Tuco se divertiu bastante. Depois nos hospedamos por 2 noites num hotel chamado Albergo del Leone que é muito bom e agradável, ótimo para quem tem crianças! 

Fomos a um lugar que se chama Secretário, um distrito de Itaipava, num condomínio escondido do mundo, no meio do nada mesmo, mas necessário pois é um paraíso perdido na Terra! Que lugar gostoso e bonito! O nível de agitação do Tuco foi a 100%! Ele ficou alucinado com todo aquele espaço, piscina  imensa, cachoeira... Nem comer direito ele quis, terminou o dia acabado na cama! Então me dei conta do quanto ele fica preso numa cidade como Vitória/Vila Velha, é uma pena pois não pode gastar toda a energia que tem. Por mais que eu brinque com ele e que passeemos na praia, falta mais alguma coisa que só cidade do interior proporciona. Até chegamos a pensar na possibilidade de irmos viver num lugar assim, mas agora é impossível e não sei se eu aguentaria, já que sou extremamente "urbanóide".

A ida e a volta foram muito tranquilas, tanto com relação à estrada quanto com relação ao Tuco, que ficou numa boa durante 7 horas de viagem. É claro que tivemos alguns auxílios como brinquedinhos e DVD portátil com Galinha Pintadinha e Patati Patatá. Fora isso, ele é um menininho muito tranquilo e adora passear. Fica bem em qualquer lugar, dorme bem em qualquer lugar e come o que tiver, mas sempre tenho uma bananinha e um biscoito de maizena que ele ama.

Eu e meu marido chegamos à conclusão que precisamos mais ficar assim, só nós 3, em família. Agora então que estou vencendo meu trauma de viagens de carro, ficará ainda melhor. Dessa vez consegui dirigir por 2 horas na ida e 2 na volta!! Inacreditável pra quem passava 1 semana sofrendo por causa de uma simples viagem de carro.

Bem, o saldo foi: relacionamento melhorado com meu pai, matei saudades dos meus irmãos, descansamos da rotina, vencendo um pouco maus meu trauma e... Um carrapato na minha perna! Kkkkkkkk!!!!

Monte de beijos e até amanhã!

O quê é COACHING?

Olá!! Vocês já devem ter percebido que tenho falado um pouco (ou muito) sobre COACHING, COACH... Pois então, se você não sabe do que se tr...